segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

"A Arte...


...sai dos porões imundos em que vive somente se for amada pelo artista, ser for aceita e partilhada por ele."
(Gastou Leroux in - o fantasma da ópera)


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

É isso aí!

"As pessoas que realmente amamos nunca nos são tiradas. Não há ladrões de memórias!"
(Sergio Lizardo in - Poesias com nomes de mulher)

Bom fim de semana :)


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Aviso à navegação!

Neste espaço só é bem vindo quem vier por bem, PONTO!

A partir de agora só serão aprovados comentários dignos de aparecerem neste espaço.

Tenham um bom feriado :)

Post 500...

...dedicado ao dia 
...só porque sim!


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Post dedicado a C.N. Gil


Não sou grande blogueira e já devem ter reparado nisso. 

São poucos os blogs que sigo e são também poucos os que me seguem. Desses poucos, o blog  OQMDNT era (digo era, porque hoje ao abrir o blog vi que não há lá nada), o que mais prazer me dava visitar pela diversidade de posts que aquele blog tinha! Eram a musica, a escrita, o humor e principalmente as ideias assertivas vindas do autor do blog!

Entristece-me muito, ver que o motivo de tudo ser apagado do blog, foi consequência de uma brincadeira estúpida, que na minha opinião, ultrapassou todos os limites do bom senso envolvendo quem não foi perdido nem achado para a dita brincadeira!

Entristecem-me as pessoas de “alma negra”, que se acham supremas e tudo podem dizer, utilizando a mais baixa linguagem para se referirem àqueles de quem, provavelmente, sentem uma grande dor de cotovelo e com isso privam-nos do prazer que nos dá seguir de quem realmente gostamos!

Por isso quero dizer-te C.N.Gil, és um grande roqueiro, és um grande escritor e acima de tudo és, uma pessoa de um enorme carácter que prova que a educação te acompanha desde o berço!

Fica um forte e grande abraço e espero que não te ausentes por muito tempo  porque já deixastes saudades :(... e é um orgulho enorme para mim ocupar este meu espaço com as tuas obras!

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

As "profecias" de C.N.Gil...

... publicadas em maio deste ano, ainda que associadas a uma boa dose de humor, são mesmo para levar a sério...

...e Deus queira que ele se engane pelo menos na parte final!



domingo, 13 de novembro de 2016

A minha perplexidade…

…perante os acontecimentos da semana!

Os americanos que tornaram a américa numa grande trampa…e o mundo também!

O Universo recebeu mais uma estrela (R.I.P. Leonard Choen) grandes concertos que estão a acontecer por aí (aqui não há perplexidade apenas tristeza de mais uma estrela que nos deixa este ano!)

Por cá, o lobo Pedro Dias apareceu vestido de pele cordeiro…e como sempre os policias são os maus da fita!

Mas o acontecimento da semana que mais me chocou, para além da trampa lá dos Estates, está relacionado com uma publicação que fiz aqui e que esteve em destaque até hoje (porque entretanto já a retirei) que a ser verdade, fico cada vez mais perplexa com a necessidade que o ser humano tem de obter fama,  que para isso não olha a meios para o conseguir!

Angélika Lima, está a ser acusada de que toda a campanha que organizou para a angariação de bens para a Síria é um embuste! Diz,  quem  a  acusa, que a dita senhora, nunca esteve no campo de refugiados e que apenas foi à televisão dar aquele testemunho para obter os cinco minutos de fama! Desde o dia 26 de Outubro, dia em que a senhora deu uma entrevista na SIC e posteriormente uma outra na RTP, que milhares de pessoas a nível nacional, se juntaram na recolha de donativos, com o objetivo de juntar 40 toneladas de bens alimentares, roupas, brinquedos, material cirúrgico etc., para o campo de refugiados de de Zaatari na Jordânia e que pelos vistos nada disso lá vai chegar, porque de um momento para o outro, alguém vem dizer que tudo isto é um embuste!

Ainda quero acreditar que tudo isto não passa de muitos mal entendidos e que a Angelika Lima (que está a ser trucidada nas redes sociais), pôs o carro à frente dos bois ao vir para a televisão a apelar à bondade do povo português. Porque enviar um contentor de bens seja para que campo for, exige muita burocracia e só depois desta ser ultrapassada é que se passa à fase do “peditório” e tenho para mim que para além dela não ter qualquer tipo de experiencia não teve junto dela pessoas à altura de a acompanharem nesta odisseia! 

Mas, estranho o silêncio da senhora e de quem com ela organizou este “peditório”, perante as acusações de que está a ser alvo que a ser verdade que tudo é uma mentira…então, o mundo ainda está pior do que eu imaginava!

:(

Tenham uma boa semana 


domingo, 30 de outubro de 2016

Ainda temos vida pessoal ?!


Para os que acham que  a UBER é só um serviço de táxi por encomenda  leiam o texto abaixo (do qual desconheço o autor) mas que nos elucida e bem, o que está por trás desta multinacional norte-americana e para o que realmente serve!

"Por que razão odeiam tanto a UBER!?

O Início…

Ora bem, tudo começou em 2008. Foi o ano em que o Presidente Obama assinou o "Plano de Resgate Económico de 2008" que permitiu a que muitos Super-Bancos Americanos tivessem uma injecção de Capital da Reserva Americana no valor de 800 Mil Milhões de Dollars. Essa colossal soma financeira salvou milhões de americanos de ficarem sem as suas contas bancárias mas, também safou muitos Banqueiros de não serem julgados pela especulação financeira que estavam a praticar. Um desses Super-Bancos foi a Goldman-Sachs que conseguiu levantar-se mas, outros não tiveram a mesma sorte. Claro que estou a falar do Lehman Brothers.

Foi no Ano de 2008 que começou a Grande Crise que ainda estamos a recuperar e que provocou a chamada da Troika a Portugal. Sim, todo o dinheiro dos resgates a Portugal, à Irlanda e à Grécia serviram para engordar Super-Bancos como a Goldman-Sachs. Naturalmente que a Classe Política ajudou imenso a roubar as carteiras e os ordenados de inúmeros Contribuintes. Ajudou mediante a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional. Não nos devemos esquecer que Durão Barroso foi para o Goldman-Sachs e que o nosso ex-Ministro das Finanças, Vítor Gaspar, foi para o FMI. Foi um "agradecimento" ao trabalho prestado…

A Fundação…

A UBER foi fundada em Março de 2009, ou seja, um ano depois do Resgate Financeiro do Presidente Obama. Teve como principais Accionistas a Google e o Super-Banco que Obama e o seu Congresso ajudaram a salvar, o Goldman-Sachs. Para perceberem melhor o que é o Goldman-Sachs, aconselho-vos a ler esta lista de ex-funcionários. O Presidente do Goldman-Sachs é o Sr. Lloyd Biankfein que chegou num dia a afirmar que era "…uma Obra de Deus" devido às suas ligações com a Maçonaria. Por outro lado, o Presidente da Google é o Sr. Eric Schmidt. O Sr. Schmidt chegou a pertencer ao Conselho Administrativo da Apple mas, quando Steve Jobs descobriu as suas ligações com o Clube de Bilderberg, rapidamente tomou providências para que jamais pertencesse à Marca da Maçã. Não esqueçamos que, daquele Clube, fazem parte o Sr. Bill Gates (Fundador da Microsoft e grande investidor da Monsanto), Durão Barroso, a sucessora de Vítor Gaspar, Maria Luís Albuquerque e, claro, o Super-Banco Goldman Sachs.

O Big-Brother…

Se eu vos indicar o nome "Obama Tech Dinner", provavelmente não vos diz nada mas, vou esclarecer-vos. No dia 18 de Fevereiro de 2011 e devido à debilidade da saúde de Steve Jobs, Barack Obama decidiu reunir as Gigantes da Tecnologia num jantar informal na Casa Branca. A notícia só foi divulgada durante o evento e a fotografia seguinte foi a única a ser autorizada:




Olhando para a foto, conseguem perceber o que realmente se passa no Planeta Terra. Mas, caso tenham dúvidas, passo-vos a explicar aqueles que desconhecem: 
- A Genentech é uma Empresa de Biotecnologia pertencente à Farmaceutica Suíça Roche; 
- A Cisco é uma das maiores empresas de Telecomunicações de Voz e Dados do Mundo; 
- Doerr Kleiner foi um dos impulsionadores de Empresas como a Google, a Amazon e o Twitter; 
- A Oracle é uma das maiores empresas de Bases-de-Dados Empresariais do Mundo; 
- A Netflix é uma das maiores Distribuidoras de Conteúdos do Planeta; 
- Hennessy Stanford foi um dos Pioneiros das Arquitecturas de Redes de Computadores. 

Observando esta fotografia, podemos concluir que, à mesma mesa, estavam as pessoas que sabem o seguinte: 
- Os Dados que as Empresas guardam; 
- Toda a Tecnologia que permite distribuir Informação; 
- Os Gostos, a Informação e a quem pertence esses Gostos e essa Informação; 
- Quais são os vossos Amigos e o estado das Relações Inter-Pessoais; 
- Quem Compra, o que Compra mas também o que Vê e Ouve; 
- A Informação divulgada pelos Media. 

Mesmo sabendo esta informação detalhada sobre a População Mundial, somente nos restava saber um único ponto: Onde está quem e por onde se move!? 

Foi para responder a esta questão que a UBER foi criada pela Google e pelo Goldman-Sachs. No entanto, por forma a atrair um maior número de pessoas, tiveram que baixar os preços em relação aos Taxis assim como melhorar o meio de transporte, ou seja, os carros. 

Na Aplicação da UBER e graças à Tecnologia Multitasking dos Telemóveis actuais, o Sistema de Geolocalização funciona de uma forma "escondida". Por outras palavras, a Aplicação da UBER sabe sempre onde o dono do telemóvel está mesmo que não esteja a usar a Aplicação. Resumidamente, estamos perante um cenário de "Big Brother". 

Além do que referi anteriormente, a UBER envia ao Goldman-Sachs todos os vossos Dados Bancários, incluindo o Código de Segurança de 3 Dígitos que o vosso Cartão de Crédito tem. Para piorar este cenário, o Goldman-Sachs fica a saber o número de clientes por Banco e, acreditem, essa informação é extremamente importante quando o Goldman-Sachs pretende fazer aquisições de Bancos Locais como é o caso do nosso Banco Comercial Português ou quando quer destruir um Banco como aconteceu ao Grupo Espírito Santo. 

Votando à geoposição dos donos dos telemóveis, essa informação é de extrema importância visto que, se somarmos os gostos de cada um devidamente fornecidos pelo Facebook aos dados de consumo, naturalmente que conseguimos manipular as Leis de Mercado conforme desejamos. Assim sendo e com a ajuda de Governantes como Durão Barroso, Vítor Gaspar, Maria Luís Albuquerque e Assunção Cristas (ex-Ministra da Agricultura, grande apoiante da Monsanto e esposa do Presidente da UBER Portuguesa), já estamos em plena na Nova Ordem Mundial

Terminando… 

Antigamente, os Estados e a Economia não sabia nada sobre a sua Vida. Agora, a Banca sabe como gastam os vosso dinheiro, há Empresas que sabem com quem vocês se dão e do que falam, há Empresas que sabem o que procuram e o do que gostam; há Empresas que sabem os vossos Dados Bancários assim como os Dados que a sua empresa detém e, finalmente, há empresas que sabem por onde você anda e onde está."


E depois disto bom domingo e divirtam-se de puderem :)

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Reflexão e não só...

...para o mundo que passa por aqui!


Hoje, quando cheguei a casa, liguei a televisão como faço todos os dias. Não que me sente logo em frente do ecrã, apenas porque gosto de ouvir vozes ou musica no meio dos meus afazeres. Mas hoje foi diferente, ao liga-la estava na SIC no programa Grande Tarde e ainda com o comando na mão para mudar de canal, parei e sentei-me frente ao ecrã para ouvir o que restava da  entrevista feita a Angélica Lima, uma voluntária que tem dedicado o seu tempo a dar AMOR ao próximo, no campo de refugiados de Zaatari na Jordânia, onde relata o inferno na terra!

À medida que iam passando algumas fotos de rostos tiradas por ela (poucas, pois diz que as fotos que tirava eram controladas pelos militares dos campos porque não deixam passar as imagens reais do que por lá se vive) ia contando a história de cada uma delas. 

Chocou-me, de ver a imagem do rosto de  uma criança de 3 anos órfã, entregue a si própria, sem que ninguém olhe por ela e segundo a Angélica, como esta são milhares! 

Chocou-me, a história que contou da mulher de 89 anos, mãe de 5 filhos, 3 deles levados pelo estado islâmico e os outros dois que se recusaram a ir, foram decapitados e durante dias andaram a jogar futebol com as cabeças deles pelas ruas da aldeia onde viviam! As noras levadas e vendidas sem saber onde foram parar e se estão vivas! A esta mulher de 89 anos a quem já lhe tinham tirado tudo e como se ainda não bastasse um dia entraram-lhe pela casa dentro violaram-na quase até à morte…e mesmo assim ainda consegue fazer centenas de kilometros até chegar ao campo de refugiados onde teve de amputar os pés devido às feridas infectadas de tanto andar para fugir a uma guerra sem sentido!!

Diz, que só a classe média alta Síria, consegue pagar os 50 mil dólares, para fugirem de lá rumo à promessa feita pelos traficantes, de casa e emprego na europa. E são muitos os que metem só os filhos nos barcos porque o dinheiro  não chega para pagarem a viajem à família toda! Todos os outros ficam à mercê da guerra, sem casa, sem roupa e principalmente sem comida!

Hoje, enquanto jantava, rompi num pranto de lágrimas ao olhar para o meu prato e sentir esta “culpa” enorme de ter à minha frente um prato cheio de comida...

Sinto-me impotente deste lado do mundo e como a maioria diz, não me cabe a mim acabar com o flagelo da guerra...mas se nada fizer, por pouco que seja, esta “culpa” irá ser a companheira dos meus dias e noites…

...e amanhã podemos ser nós a viver este inferno!

“Quando me perguntam o motivo pelo qual eu estou a sofrer tanto por esta causa, quando se admiram porque quero ajudar, apenas posso dizer, estas pessoas não são apenas números de uma estatística, são seres humanos, como eu! E não, não vou virar o rosto para o Lado e fazer de conta que não é nada comigo. Al Zaatari, mostrou-me qual o significado da vida, respondeu-me a uma pergunta minha-- "o que eu estou aqui a fazer? qual o significado da minha vida?"

Este é o meu sonho, a minha vida. Que um dia a minha ajuda não seja necessária, mas até lá, farei os impossíveis, para que não seja eu apenas a sorrir. Al Zaatari ensinou-me a sonhar, e a ter esperança, Al Zaatari mostrou-me quem eu sou.”

(Angélica Lima)





quinta-feira, 20 de outubro de 2016

E assim vai Portugal...


…uns vão bem (poucos) e outros (muitos) mal!

Nos últimos dias tenho andado a digerir as notícias que vou ouvindo. Não, não é sobre Pedro Dias que à semelhança do palito quando acabar o jogo do gato e do rato vai aparecer e ovacionado pelos populares! Não são os resultados do Jorge Jesus, nem tão pouco a palhaçada das eleições na américa…

O que tenho andado a digerir, sem conseguir, é não mais do que os salários dos 11 que vão administrar a Caixa Geral de Depósitos pagos por todos nós contribuintes!

Tendo em conta que eu e todos os funcionários públicos deste país, que não recebemos a porra de um cêntimo de aumento há mais de 6 anos e pelo que me é dado a saber mais anos virão sem que a porra do cêntimo venha! Tendo em conta que os desgraçados dos pensionistas que ganham reformas de pouco mais de 200€ apenas levam de aumento uns míseros 10€ e mesmo estes ainda estão a ser discutidos se os vão dar ou não! Vêm estes 11 badamecos que para administrar um banco publico, vão ganhar em 14 meses de salário a tão só modica quantia de 2 592 000,00€!

Se olharmos para o Serviço Nacional de Saúde ou para a Educação onde o défice de Assistentes Operacionais e Assistentes Técnicos está a levar serviços à rotura, (porque caso não saibam não há nenhum hospital, centro de saúde ou escola que funcione sem estes profissionais), com este valor dava para contratar 350 Assistentes Operacionais ou 270 Assistentes Técnicos, que acredito que seriam uma muito mais valia para o país do que o trabalho que estes 11 badamecos irão fazer!

Se um banco privado paga salários milionários aos seus gestores isso é lá com eles e ninguém tem nada a ver com isso. Mas o que não podemos permitir, é que num  país  que tem mais de 2 milhões de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza, em que muitos destes trabalharam 40 anos e mais para hoje terem uma reforma de miséria, que um estado pague com o dinheiro do erário público salários absurdos a meia dúzia de gajos para irem administrar um banco!!!

Mas o que eu não consigo digerir mesmo, é que as atenções do povo português estão mais viradas para as noticias que mencionei no primeiro parágrafo e estão simplesmente cagando para os salários dos gestores da CGD, da EDP, da REN, da BRISA, etc etc etc mesmo que isso lhe saia dos bolsos!

Sem duvida que temos o que merecemos, só é pena o justo ter de pagar pelo pecador!

            ;

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Esta é a noticia....

...que deveria ser dada  vezes e vezes sem conta, nos nossos noticiários televisivos! Alguém viu? Pois eu não!
Como não se trata de uma desgraça, mas sim de um bem para a humanidade passa ao lado do jornalismo televisivo e não só!

À malta que organiza record´s desafios a fazer um destes e eu estou disponível para participar :) 


India planta 50 milhões de árvores em 24 horas-Intuito da ação é minimizar os danos causados pelas emissões de gases poluentes e o desmatamento!


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

ONU...

...Organização intergovernamental, criada no final da 2ª Guerra Mundial, para promover a cooperação internacional com o objectivo de impedir conflitos entre os povos.

Ao olharmos para o mundo destes últimos 70 anos, o papel desta Organização tem falhado em larga escala no seu principal objectivo - impedir os conflitos entre os povos- que de tão enraizado que está na essência do ser humano, estes só acabam, quando o mesmo deixar de existir! Ainda assim, não deixa de ser uma Organização de grande importância para o mundo!

No panorama actual, se esta Organização estiver direccionada para o objectivo para a qual foi criada, só alguém que tenha andado no terreno e visto com os próprios olhos as consequências nefastas dos conflitos, poderá fazer um bom trabalho à frente desta Organização. Independentemente de ser ou não português, António Guterres, é quem está melhor preparado para ocupar este cargo!

Estou contente, que tenha prevalecido o bom senso dentro das Nações Unidas na hora das votações (embora tenham havido muitos que tudo fizeram para que não o houvesse) e tenham percebido que, por mérito este Homem merece estar à frente desta Organização que, acredito, virá a fazer um bom trabalho!


terça-feira, 27 de setembro de 2016

Sempre acreditei...

...que há vida para além da morte. Não me perguntem porquê, mas sempre senti isso de uma forma tão intrínseca que nem sequer questiono... e parece que a ciência vem comprovar isso mesmo!


imagem retirada do google

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Fica a dica :)

O Verão já lá vai, mas cá em casa as saladas consomem-se em todas as estações...
... e a de pimentos assados acompanha bem qualquer peixe grelhado (hoje robalo grelhado) e consumo-os o ano inteiro.
Assar os pimentos no Grill do forno, esta foi a melhor forma que encontrei, cortá-los em 4 e colocá-los na grelha, assam todos ao mesmo tempo sem necessidade de os virar e a pele sai na perfeição toda de uma vez.

...de nada :)




sábado, 24 de setembro de 2016

Gosto, para lá de muito, do original...

...mas também gosto muito, mesmo, desta banda  e no dia 29 lá estarei no Coliseu para  os ver :)



segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Depois de ler...

... isto no blog do Aventar veio-me à mente esta pergunta:

O que se ensina hoje nas escolas?

Quando fiz a minha escola primária década de 70, lá onde judas perdeu as botas, tínhamos de material escolar apenas 1 livro em cada ano que englobava todas as disciplinas, uma tabuada e apenas dois cadernos que tinham de durar o ano todo, meia dúzia de lápis de cor e pouco mais ! Mas tínhamos uma coisa que os de hoje não têm apesar de todas a tecnologias que o mundo lhes oferece, o "tablet" mais potente de que há memória, a celebre pedra lousa onde tudo era feito que depois era guardado, na mais poderosa pen (nosso cérebro)!

As nossas visitas de estudo começavam logo pela altura do S. Martinho, íamos para os montes onde haviam pinheiros e castanheiros que depois de uma aula sobre estas árvores e de tudo o que elas produzem apanhávamos castanhas que assávamos numa enorme fogueira feita com lenha, também apanhada por nós e pela professora que nos acompanhava, sem que a floresta que estava mesmo ali ao lado se incendiasse! Todas as semanas tínhamos um dia de "visita de estudo", o jardim que envolvia a escola era cuidado pelos alunos e quando chegava a primavera lá íamos nós cavar os canteiros, estrumá-los, semear os amor-prefeitos, as margaridas e plantar uma quantidade de outras flores que davam cor e alegria à escola. 

Quando chegava ao fim o ensino obrigatório, na altura 4ª classe, os que não continuaram a estudar estavam preparados para a vida laboral e era no cultivo de terras que encontravam o seu primeiro trabalho, os que continuaram os estudos vinham nas férias que eram passadas  a trabalhar na terra por vontade dos pais.
Nessa época a relação com a natureza e o meio ambiente fazia parte tanto do nosso percurso escolar como da  educação que recebíamos em casa!

Crescemos  e vimos o mundo mudar a uma velocidade estonteante! E esta minha geração quando se tornaram pais disseram aos filhos – vós, ides ter tudo aquilo que nós não tivemos custe o que custar! E foi com esse "custe o custar" que chegamos aos dias de hoje em que mais de cinquenta mil jovens não estudam e nem trabalham e outros tantos ou mais ainda, com licenciaturas de que nada lhes servem!

Em consequência desertificou-se o interior do país porque “a vida melhor que os pais quiseram dar aos filhos” fez, com que estes se desinteressassem por tudo o que a terra dá e por mais tecnologias e cursos universitário que estes tenham, se não houver quem cultive as nossas terras o desemprego para os licenciados será uma realidade permanente!


Hoje, vejo os miúdos carregados com pesadas mochilas de material exigido pelas escolas; pais que rebentam com os orçamentos para pagar manuais e mais manuais, cursos universitários e no entanto, o que mais vejo esta juventude de hoje se interessar é em festivais, smartphones , playstation, pokemons go, viagens de finalistas, (que hoje já se fazem a partir do ensino básico, que apesar de ser mais uma despesa para os já tão parcos orçamentos dos pais, mesmo assim, estes acham muita piada o seu filhinho de 7, 8 anos ter uma viagem destas)! Vejo universitários, o ano inteiro em praxes a cair de bêbedos em vez de estarem nas salas de aula pagas a peso de ouro, para não falar nas saídas à noite e no consumo excessivo de álcool! 

Não tenho filhos, por isso desconheço o que hoje se ensina nas escolas e em casa também! Mas não me parece que estas duas grandes "instituições" que estão na base do ser humano, estejam a fazer um bom trabalho e é urgente que o façam para o bem de todos nós e das gerações vindouras!




quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Será utopia querer um país verdejante, em vez deste que se está a tornar a preto e branco?!


Numa altura em que o nosso país passa pelo inferno dos incêndios, dizimando cada vez mais a, já, tão parca floresta que temos e para não falar da quantidade de desalojados que viram as suas casas a serem lambidas pelas chamas, tanto no Continente como na Madeira, está na altura de olharmos para o que provoca tudo isto e reflectir bem!

A prevenção passa, acima de tudo, por uma mudança da mentalidade que se apoderou de todos nós!

Todos sabemos, ou deveríamos saber, que o eucalipto não é uma árvore de origem portuguesa, mas sim originária da Austrália trazida para Portugal com fins comerciais. Todos sabemos, ou deveríamos saber, que esta árvore de crescimento rápido, empobrece os solos favorecendo a sua desertificação e consequentemente alterações no clima! 
Sugiro uma petição, referendo ou o que quer que seja, a exigir junto dos governantes, legislação, que proíba  as plantações desta árvore substituindo-as por carvalhos, pinheiros e outras espécies que ajudem os solos a fertilizarem-se e a criar humidade no ar!

Em nome não sei bem de quê, nas últimas décadas financiou-se a não produção agrícola de subsistência, em detrimento do consumo de tudo o que é importado, fazendo com que solos outrora cultiváveis estejam hoje ao abandono, e se tornam autênticos barris de pólvora durante o verão! 
A solução passa por um "boicote" aos produtos importados de tudo o que possa ser cultivado em Portugal (eu já faço isso há muito tempo, sempre que vou às compras tenho sempre o cuidado de verificar se é produção nacional)!

Incentivam-se cada vez mais, as novas gerações a irem para as universidades tirarem cursos de profissões sem saída..., porque trabalhar no campo é para os pais e avós! Estamos a criar uma sociedade de doutores que só sabem que os alimentos que consomem vêm do supermercado e estão-se nas tintas em saber como lá foram parar! 
Aqui, temos mesmo, de mudar a forma como estamos a incentivar a educação/formação das novas gerações!

Pagamos com os nossos impostos, férias a custo zero, para os milhares de criminosos que ocupam os “hotéis presidiários” deste país! Pagamos, Rendimentos Sociais de Inserção a famílias inteiras para não fazerem a ponta d’um corno! 
Então, já que pagamos, porque não utilizar toda esta mão-de-obra na limpeza e plantio de florestas entre outras funções no interesse do bem comum? 

Mas há outras soluções que poderiam  ser tomadas já e que diminuíram drasticamente o número de incêndios e suas consequências: 

- Obrigar as autarquias a fiscalizarem e manterem terrenos próximos de habitações limpos; 

- Proibir, de uma vez por todas, a utilização de herbicidas porque é mais um a contribuir para a o empobrecimento e secagem dos solos;

- Por o exército e a força área a patrulhar as florestas e serem estes os detentores dos meios aéreos de combate a incêndios! 

Uma  ínfima, quantidade de  incêndios que surgem todos os anos  são de causas naturais e/ou acidentes, mas 99,9% são de origem criminosa e não acredito que de um momento para outro surja tanta gente a sofrer de piromania! 

A verdade é apenas esta: se eu tenho uma empresa em que o meu negócio são alugueres de meios aéreos de combate a incêndios, para que o meu negocio não vá à falência necessito de…

…disso mesmo que estão a pensar!

E hoje em dia tudo se faz em nome do lucro...

... e foi em nome  do lucro que se compraram  submarinos para apagar os incêndios provocados pelos peixes em vez de meios aéreos para apagar os fogos provocados pelo homem!


Por ultimo, deixo aqui a minha maior  GRATIDÃO a todos os Homens e Mulheres, que mesmo no limite das suas forças, arriscam a vida no combate ao flagelo que são os incêndios! 
  
Foto do Gerês retirada da Web



quarta-feira, 3 de agosto de 2016

"Vejo-o, vejo os seus gestos devagar enérgico, os seus olhos a pensar para dentro coisas de fora, recebo a perturbação da sua ocasião em que lhe não agrado, e a minha alma alegra-se com o seu sorriso, um sorriso amplo e humano, como o aplauso de uma multidão."

(Bernardo Soares - Heterónimo de Fernando Pessoa)



segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Quando as últimas são as primeiras :)

 Do autor/compositor C.N.Gil  o "lote" fica agora completo com esta lindíssima balada!


 Às vezes perco-me em saudades, quando pego neste papel   branco cheio das linhas que Deus fez, onde deixo a minha solidão gritar...

...e nesta  revolução de sentidos, viro o meu mundo ao contrário só para ficar tão perto de ti, de mim...

São pequenas  peças de teatro  com cor de   pecado...

...mas delas surge uma aqua luminae que me abre caminhos para lugares de sonho...
(texto reeditado - by BeijoMolhado)

terça-feira, 26 de julho de 2016

"Sempre tive em mim todas as certezas. Sempre estive convencida de que sabia bem qual o caminho que deveria tomar. Racional. Determinado e realista. Senhora do meu nariz e dos meus ideais.

De repente, a vida levou-me as certezas duras. Trocou-as por sentimentos que desconhecia. Amaciou-me o pensar e mostrou-me cores que nunca tinha antes vislumbrado. Apresentou-me caminhos que não tinha julgado possível trilhar.

Hoje, não tenho em mim certezas: Troquei-as por todos os sonhos do mundo."
(Rita Leston)


sexta-feira, 22 de julho de 2016

PODERIA...

...falar do medo que  nos assola, a cada dia que passa, com atentados que emergem num piscar de olhos em cada esquina, num qualquer lugar do mundo…

Poderia falar dos energúmenos que querem governar o mundo (e governam!)e dos calmosos que os idolatram…

Poderia falar dos pokémonloucosqueandamporaí  a apanharem “coisas” que não existem….

Poderia, mas não me apetece!

Apetece-me antes, convidar-vos a imaginar, que vivem num país cheio de sol, banhado por um mar maravilhoso, com praias a perder de vista, com uma gastronomia fantástica e, acima de tudo, longe, muito longe, de todo e qualquer MAL que ronda por aí!


quarta-feira, 20 de julho de 2016

E porque é a ultima do "lote"...

...este excelente "heavy metal"  de  C.N.Gil fica aqui,  acompanhada de todas as outras :)


Neste papel  branco, cheio de   Linhas que Deus fez fez, deixo a minha solidão gritar...

...e nesta revolução de sentidos viro o meu mundo ao contrário só para ficar tão perto de ti, de mim...

São pequenas  peças de teatro  com cor de   pecado...

...mas delas surge uma aqua luminae que me abre caminhos para lugares de sonho...

terça-feira, 19 de julho de 2016

A lista de gangsters completa-se agora...

...com a chegada do seu chefe máximo, Durão Barroso!

"SABIAM QUE?

Texto adaptado de Domingos Ferreira, Professor/Investigador Universidade do Texas, EUA, Universidade Nova de Lisboa

Sabia que a Goldman and Sachs, o Citygroup, o Wells Fargo, etc. apostaram biliões de dólares na destruição do euro? Se o EURO cair ou desvalorizar eles ganham milhões?

Sabia que obtiveram avultadíssimos lucros durante a crise financeira de 2008 e houve suspeitas de que foram eles que manipularam o mercado?

Sabia que o Senado norte-americano levantou um inquérito que resultou na condenação destes gestores que apostaram em tombar a Europa?

Sabia que ficou demonstrado que o Goldman and Sachs aconselhou os seus clientes a efectuarem investimentos no mercado de derivados num determinado sentido? Mas a Goldman realizou apostas em sentido contrário no mesmo mercado?

Sabia que deste modo, obtiveram lucros de 17 biliões de dólares (com prejuízo para os seus clientes)?

Sabia que estes manipuladores se estão a transformar nos homens mais ricos e influentes do planeta e se divertem a ver os países tombar um por um?

Sabia que todos os dias são lançadas milhões de pessoas no desemprego e na pobreza em todo o planeta em resultado desta actividade predatória?

Sabia que tudo acontece com a cumplicidade de alguns governantes e das autoridades reguladoras?

Sabia que desde a crise financeira de 1929 que o Goldman and Sachs tem estado ligado a todos os escândalos financeiros que envolvem especulação e manipulação de mercado, com os quais tem sempre obtido lucros monstruosos?

Sabia ainda que este banco tem armazenado milhares de toneladas de zinco, alumínio, petróleo, cereais, etc., com o objectivo de provocar a subida dos preços e assim obter lucros astronómicos, manipulando o mercado?

Sabia que desta maneira, manipula o crescimento da economia mundial, e condena milhões de pessoas à fome?

Sabia que a Goldman, com a cumplicidade das agências de rating, pode declarar que um governo está insolvente, como consequência as yields sobem e obriga-os, assim, a pedir mais empréstimos com juros agiotas impossíveis de sustentar (como fez com Portugal)?

- Em simultâneo impõe duras medidas de austeridade que empobrecem esse país?

- De seguida, em nome do aumento da competitividade e da modernização, obriga-os a vender os sectores económicos estratégicos (energia, águas, saúde, banca, seguros, etc.) às corporações internacionais por preços abaixo do que valem?

Para isso infiltra os seus quadros nas grandes instituições políticas e financeiras internacionais, de forma a manipular a evolução política e económica em seu favor e em prejuízo das populações?

(cargos de CEO do Banco Mundial, do FMI, da FED, etc., fazem parte quadros oriundos do Goldman and Sachs. E na UE estão: Mário Draghi (BCE), Mário Monti e Lucas Papademos (primeiros-ministros de Itália e da Grécia, respectivamente), Vitor Gaspar, Carlos Moedas, e muitos outros que por lá passam para aprenderem como se roubam os povos do Mundo?

Sabia que alguns eurodeputados ficaram estupefactos quando descobriram que alguns consultores da Comissão Europeia, bem como da própria Angela Merkel, tem fortes ligações ao Goldman and Sachs?

Sabia que este poderoso império do mal, está a destruir não só a economia e o modelo social, como também as impotentes democracias europeias? "
Fonte: texto recebido por mail;
           

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Qual o sentido disto...

...que passou a ser uma pratica comum por esse mundo fora?!

:(


imagem do atentado em Nice

terça-feira, 12 de julho de 2016

domingo, 3 de julho de 2016

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Desisti de tanta coisa na vida, que um dia desisti de desistir!
(Sergio Lizardo)


quarta-feira, 29 de junho de 2016

E chegou o dia em que o risco de continuar espremido dentro do botão
 era mais doloroso que o de desabrochar
(Anaïs Nin)


domingo, 19 de junho de 2016


Eu deixo aroma até nos meus espinhos, ao longe, o vento vai falando de mim.
(Cecília Meireles)

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Com todo perdão da palavra, eu sou um mistério para mim.
(Clarice Lispector)


sexta-feira, 10 de junho de 2016

Amor é um fogo que arde sem se ver; 
É ferida que dói, e não se sente; 
É um contentamento descontente; 
É dor que desatina sem doer. 

É um não querer mais que bem querer; 
É um andar solitário entre a gente; 
É nunca contentar-se e contente; 
É um cuidar que ganha em se perder; 

É querer estar preso por vontade; 
É servir a quem vence, o vencedor; 
É ter com quem nos mata, lealdade. 

Mas como causar pode seu favor 
Nos corações humanos amizade, 
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(Luiz Vaz de Camões)


sábado, 4 de junho de 2016

Retenho aquela imagem nascida de um desejo que era sonho, de um quase nada que era tudo.
(João Carlos Esteves)

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Faço uma vénia...

...ao autor deste texto e orgulho-me em divulgá-lo aqui no meu cantinho!


"VÃO À MERDA!

Lembram-se quando eram meus colegas de escola? 

Quando vos deixava copiar nos testes de português ou quando vos escrevia as cartas no dia de São Valentim para as vossas namoradas por ter uma letra mais bonita que a vossa? 

Lembram-se quando me pediram para vos assinar o dossier, naquela altura em que comecei a trabalhar em moda e vocês achavam que eu era “fixe”? 

Eu lembro-me. Lembro-me tão bem… 

Os tempos agora são outros; nós já não somos colegas e a minha letra “redondinha” já não vos serve de nada. 

Agora sou o “Máriozinho” ou o “Márão” por quem vocês gritam na rua em tom jocoso, como se eu tivesse de envergonhar-me do nome que tenho. 

A acompanhar os vossos gritos está sempre uma coreografia aberrante, que muito honestamente não faz jus à minha pessoa – sou tão melhor que isso, meus queridos. 

Toda a gente na rua tem de saber que eu sou esse tal “Gay” que vocês conhecem. 

Como é óbvio, a sociedade agradece-vos o serviço público de alerta, não vá o prazer de levar no cu ser contagioso (e até aí vocês se enganam!). 

Eu olho para baixo. 

Não por vergonha de mim – já lá vai o tempo! Mas por vergonha de vocês. 

Gritar o nome de alguém está associado a devoção ou fanatismo; querem dizer-me alguma coisa? 

Não me fechei em armário nenhum. Mas agora lembro-me de que fui fechado numa casa de banho a cheirar a mijo por todo o lado durante duas horas por suspeitarem, e sublinho, SUSPEITAREM, que era gay. 

Foi o último dia em que me envergonhei de ser quem sou, ou o que sou. 

Quando me perguntaram, no dia seguinte, como é que eu estava e como é que tinha sido, eu sorri. Sorri tanto! 

Estava melhor do que nunca – tal como estou hoje. 

Vocês os dois que gritam o meu nome não percebem porquê; nasceram com o cu virado para a lua, com o “dom” de ficar com tesão quando vêem uma “gaja boa” de minissaia. 

Eu fui fechado num wc. Eu “levei nos cornos” por ter trocado olhares com um tipo à saída de uma discoteca – tudo porque ele me confundiu com uma rapariga (como se eu pudesse adivinhar o que lhe ia na cabeça!). 

Eu fui o maricas. O gay. O paneleiro. A bicha. 

Meus “queridos”, acham mesmo que conseguiríamos falar de igual para igual? 

Continuem a gritar o meu nome na rua, mas agora depois de eu ter escrito isto, façam-no com uma certeza: eu jamais irei gritar o vosso. 

E com a minha letra bonita vos escrevo um ainda mais bonito – “Vão à merda!”."

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais do que o corpo e a missa mais do que Deus.
(Eduardo Galeano)


sexta-feira, 20 de maio de 2016

Estou a pensar seriamente...

... em começar a   fazer só* comida  enxavida!

É que isto de crescer para os lados não está com nada!

*Obrigada universo por me teres colocado neste espaço geográfico onde posso desfrutar deste maravilhoso ouro de produção familiar :)...o almoço estava divinal!!!!




quarta-feira, 18 de maio de 2016

"Mantenha seus pés no chão quando sua cabeça estiver nas nuvens."

(paramore)


segunda-feira, 16 de maio de 2016

Boas noticias :)

Recorde: durante quatro dias, Portugal só consumiu energia renovável :)


Se houvesse boa vontade politica no mundo, esta poderia ser uma realidade à escala mundial!
(mas há os outros   interesses  que se sobrepõem...)


segunda-feira, 2 de maio de 2016

A tua única obrigação durante toda a tua existência é seres verdadeiro para contigo próprio.
.(Richard Bach)



domingo, 1 de maio de 2016

sábado, 30 de abril de 2016

“As pessoas que mais apregoam a liberdade são, por norma, as que mais presas vivem - a empregos, a famílias, a relações, a rotinas que sufocam e condicionam cada passo e cada gesto.

A liberdade é apenas um conceito criado para nos fazer crer que somos donos e senhores de nós mesmos. Não somos. Vivemos com a ilusão de que o somos. E é essa ilusão que acaba por nos foder a vida.”


Pensamento do dia #6

Se o universo não precisasse de mim, eu não estaria aqui!




terça-feira, 26 de abril de 2016

De ti só quero o cheiro dos lilases
e a sedução das coisas que não dizes

De ti só quero os gestos que não fazes
e a tua voz de sombras e matizes

De ti só quero o riso que não ouço 
quando não digo os versos que compus 

De ti só quero a veia do pescoço 
vampira que já sou da tua luz 

De ti só quero as rosas amarelas 
que há nos teus olhos cor das ventanias 

De ti só quero um sopro nas janelas 
da casa abandonada dos meus dias 

De ti só quero o eco do teu nome 
e um gosto que não sei de mar e mel 

De ti só quero o pão da minha fome 
mendiga que já sou da tua pele.
(Rosa Lobato de Faria)


segunda-feira, 25 de abril de 2016

domingo, 24 de abril de 2016


Estranho livro aquele em que puseste,
tudo aquilo que sinto, sem poder dizer!
(Florbela Espanca)




terça-feira, 19 de abril de 2016

"Aprendi que... temos que aproveitar a viagem 
e não apenas pensar na chegada."


sábado, 16 de abril de 2016

"O que seria a vida se nós não tivéssemos a coragem de fazer tentativas?"
(Vincent Van Gogh)


domingo, 10 de abril de 2016

Antes de ti não sabia a beleza do medo, a sensação sem igual de um coração nas mãos. 
Antes de ti não sabia que um coração ou está nas mãos ou anda a rastejar pelos chãos. 
Antes de ti não havias tu: eis o suficiente para explicar tudo o que me explica.
(Pedro Chagas Freitas - in Prometo Falhar)
   


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Estamos na era onde as pessoas têm contacto com muitos, 
mas raramente profundamente com alguém.
(Augusto Cury)

Quando o dinheiro fala mais alto...

..vale tudo, para destruir a vida de inocentes seja em que situação for!


Neste assunto Casa Pia, nunca acreditei na culpa atribuída a alguns arguidos que ainda hoje estão a cumprir pena! Até porque, quando rebentou o escândalo, não entendi porque prenderam alguns a quem, apenas, caiam suspeitas e outros dos quais haviam provas fotográficas e outras, foram deixados em liberdade! 

A Justiça em Portugal é feita pela media detentora dos DDT's e os tribunais, fachadas, que servem apenas estes detentores!

Leiam a entrevista e vejam os vídeos aqui e tirem as vossas próprias ilações.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Querer não é poder. Quem pôde, quis antes de poder só depois de poder. 
Quem quer nunca há-de poder, porque se perde em querer.

(Fernando Pessoa)

segunda-feira, 28 de março de 2016

Apetecia-me ser transparente. Que me lesses a mente. Que soubesses exactamente aquilo que que me percorre a ideia. Que adivinhasses o meu querer. Que me conhecesses de cor a vontade. Que olhasses os meus olhos e lesses o que nem eu leio.

Apetecia-me que me virasses o mundo do avesso. Que me desconcertasses os dias planos. Que me baralhasses prioridades. Que me roubasses o chão. Que me fizesses pensar pela dúvida. Corar pela indefinição. Sorrir pela antecipação.

Apetecia-me o mundo ao contrário. 
Ou, quem sabe, afinal do lado certo.
(Rita Leston)


quarta-feira, 23 de março de 2016

Plantar um bosque na alma, e curtir a sombra, o vento, as crianças, o sossego. 
Não precisam ser reais. 
Eu até acho que a realidade não existe: 
existe o que nós criamos, sentimos, vemos ou simplesmente imaginamos.

(Lya Luft)



sábado, 19 de março de 2016

FELIZ DIA DO PAI...

...a todos os Pais do mundo :)


Pai, 
tenho saudades, das histórias que nos contavas nos serões passados à lareira, numa altura em que a televisão não roubava esses momentos …

Tenho saudades, das tardes de verão passadas no rio em que nos punhas nas tuas costas para nos ensinares a nadar…

Tenho saudades, do barco que construístes e nos levastes para o rio para nos ensinares a remar…

Tenho saudades, de quando nos levavas para o alto da montanha e nos mostravas lá ao longe o comboio a passar…

Tenho saudades, quando nos sentavas no teu colo enquanto conduzias o trator e dizias que éramos nós que estávamos a conduzi-lo…

Tenho saudades dos momentos em que nos fazias rir…e também daqueles (poucos) em que nos fizestes chorar…

Mas tenho, sobretudo, SAUDADES de ti, PAI!

FELIZ DIA DO PAI aí pelo Universo…
BeijoMolhado




sexta-feira, 11 de março de 2016

"Antes de os relógios existirem, todos tinham tempo. Hoje, todos têm relógios"
(Eno Theodoro Wanke)


 

quinta-feira, 10 de março de 2016

David Garrett - AIR (Johann Sebastian Bach)

;
"Se eu vir aquela árvore como toda a gente a vê, não tenho nada a dizer sobre aquela árvore. Não vi aquela árvore. É quando a árvore desencadeia em mim uma série conexa de emoções que a vejo diferente e justa. E na proporção em que essas ideias e emoções forem aceitáveis a toda a gente, e não só individuais, a árvore será A Árvore."

Álvaro de Campos (Heterónimo de Fernando Pessoa)



terça-feira, 8 de março de 2016

Sou Maria. E sou capaz. Sou capaz de amar depois das trevas. Sou capaz de continuar a amar sem barreiras, mesmo depois de me ter esfacelado num amor impróprio. Sou capaz de amar sem medos de todas as poucas vezes que me entrego. Sou capaz de acreditar que voltarei a ser feliz. Sou capaz de ir à luta por mim. Sempre!
Sou Maria. E sou capaz. Sou capaz de me levantar de todas as vezes que caio. De me equilibrar sempre que tropeço. Sou capaz de fazer malabarismos com problemas e encestar soluções. Sou capaz de ser forte mesmo quando me penso fraca. De erguer a cabeça e olhar o mundo de frente. Sempre!
Sou Maria. E sou capaz. Capaz de dar um ombro quando me apetecia ter o colo. De engolir o choro para roubar as lágrimas a quem gosto. De apertar num abraço o outro, quando sou eu que me desfaço aos poucos. De ajudar a levantar, quando sou eu que estou sentada no chão. Sempre!
Sou Maria. E sou capaz. Sou capaz de sonhar novos sonhos, quando os antigos viram pesadelos. Sou capaz de inventar um sorriso e enfrentar os meus medos. Sempre!
Sou Maria. E sou capaz.
Capaz de viver.
Sempre.
(Rita Leston)


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Não me chocam...

... cartazes que por aí andam e que tanta polémica têm causado... mas chocam-me muitas outras coisas,  tais como,  ver o sofrimento prolongado, de quem a vida já nada tem para lhes dar e a quem , em nome de não sei bem de quê, lhes é retirado o direito de acabar com o sofrimento com dignidade.

Sou a favor da despenalização da eutanásia e gostaria, se vier a precisar, que ela me seja aplicada e sem penalizações!

Deixo aqui o testemunho de quem a praticou à margem da lei, mas consciente do dever cumprido que vale a pena ler.

Artigo retirado daqui  partilhado na integra.

"Sim, matei quatro pessoas e defendo a eutanásia

Não a ajudei a morrer, matei-a. É essa a palavra. Não me despedi com dois beijos, nem lhe passei a mão pela cabeça, não queria que se tornasse mais emocional do que já era. Nem eu, nem ela. Foi de uma frieza extraordinária… e de uma coragem. "Então, vamos a isto", disse-me. Bebeu uma última cervejinha, fumou o último charro e deitou-se como se fosse dormir e acordar no dia seguinte. 

Antes de começar, perguntei-lhe uma última vez se tinha a certeza e pedi-lhe para ser ela a abrir o soro. O medicamento é dado por via endovenosa, de maneira que é preciso apanhar uma veia. Primeiro, pus o soro para manter a veia e logo a seguir dei-lhe uma injecção com um hipnótico usado para anestesias rápidas. Estava sentado na cama, do lado esquerdo dela. Levantei-me para olhar para o electrocardiógrafo. Pedi-lhe para contar até 10 ao contrário. "10, 9, 8, 7…", adormeceu. Abanei-a, não acordou. 
 
Avancei com a substância que a mataria. Um minuto depois, comecei a ver alterações no electrocardiograma e, por fim, uma linha recta. São alguns minutos até o coração parar, talvez uns cinco. Quando o tronco cerebral é atingido pela falta de circulação há uma reacção reflexa, que não é sentida pela pessoa, e o corpo fica em posição fetal. Na mesma altura, também faz um barulho como se se estivesse a contrair. 

Uma amiga, que também estava presente, pôs-lhe o braço por trás e aconchegou-a. É uma questão de segundos, depois o corpo relaxa. A seguir, chorei. É uma descarga brutal, irreprimível. Tem um lado recompensador, por a ter ajudado e evitado que viesse a ter um sofrimento tramado, mas também é violento saber que estou a matar uma pessoa. Sobretudo uma amiga. Não é fácil, é muito difícil. 

Não dormi nessa noite e durante mais de dois meses tive sonhos com a imagem da morte dela. Falei muitas vezes com a amiga, questionámos o momento, a rectidão dos nossos actos… Mas nunca me arrependi. Evitei o sofrimento certo de uma pessoa de quem eu gostava e que me pediu para a ajudar. Era inexorável. Senti que era meu dever, principalmente por ser amigo dela, mas não só. Não podia ser cobarde a vida toda, caramba. 

Se defendo que a morte assistida deve ser despenalizada em Portugal, como médico não tenho o direito de dizer ao doente: "Olha desenrasca-te." Devo auxiliá-lo, sobretudo neste momento. A Marta tinha 52 anos e era uma amiga de infância. As nossas famílias passavam férias em conjunto, numa altura em que a viagem ainda era feita de carroça e demorava um dia inteiro. Um dia apareceu-me no consultório com uma radiografia, olhei e percebi logo que era uma neoplasia. Fez uns exames e confirmou-se: cancro do pulmão. 

Os tratamentos de quimioterapia e radioterapia não resultaram e começaram a aparecer-lhe metástases no cérebro. A certa altura começou com perturbações de equilíbrio. "Estou a sofrer, quero morrer, ajudas-me?", perguntou-me um dia, no consultório. Fiquei apreensivo mas acabei por aceder. Ela tinha razões para querer morrer: as expectativas de vida de um cancro daqueles eram de um ano; já tinham passado seis meses. Depois do desequilíbrio começaria com dores de cabeça intensas, ficaria cega e deixaria de ouvir, poderia entrar em coma profundo e ficar numa existência vegetativa. A perspectiva era morrer dali a três ou quatro meses, com muito sofrimento. 

Repor a vida a uma pessoa 
Combinámos que seria em casa dela e que teria de arranjar alguém de confiança para assistir: precisava de uma pessoa que me ajudasse, se fosse preciso, e também de acompanhamento moral. Durante os 15 dias entre o pedido e a morte perguntei-lhe várias vezes se não queria voltar atrás. Não mudou de ideias. Aconteceu num dia à noite, por volta das 23h. É mais sossegado para entrar e sair de casa sem ser visto. Precisava de levar uma série de equipamentos, entre eles um electrocardiógrafo, o estetoscópio, o aparelho para medir a tensão e a medicação (soro fisiológico, um indutor do sono e uma substância de uso hospitalar, que usada em grandes quantidades, provoca uma paragem do tronco cerebral por falta de irrigação sanguínea). 

Estava nervoso, mas a mão não me tremeu como aconteceria mais tarde. Fui eu que atestei o óbito, umas horas depois. Combinámos previamente o que diríamos à família: que ela tinha começado com umas dores de cabeça, me tinha ligado para ir vê-la, e que quando cheguei já tinha morrido. A polícia só seria chamada se a família ligasse ao INEM, caso contrário era só contactar a agência funerária. Já passaram 15, talvez 20 anos. 

A experiência mudou-me: percebi que era capaz de o fazer e isso fez- -me sentir mais capacitado. Na altura, já tinha recebido pedidos de outras pessoas, que não me foi possível ajudar, mesmo quando tinha a convicção de que o pedido era razoável. Fiquei sempre com a impressão de que não fiz tudo por elas. A primeira vez que pensei em eutanásia foi há mais de 30 anos, na sequência da morte do meu pai. Teve uma aterosclerose cerebral [um estreitamento das artérias que pode reduzir significativamente o fornecimento de sangue a órgãos vitais como o coração e o cérebro] e esteve acamado quase dois anos. A piorar, a degradar-se, a ter alucinações e discursos incoerentes. Só dizia disparates: "Ó filho, o que estás aí a fazer na Suécia?" Nos momentos de lucidez pedia-me um cigarro, eu punha-lho na boca e ele dava um bafo. Todos os dias, quando ia vê-lo, pensava: "Porque é que ainda está vivo?" Já não existia, já não tinha cabeça. Não tive coragem para fazer nada… hoje teria. Sim, hoje teria. Isso passou-me pela cabeça muitas vezes. O meu pai era um médico brilhante. Era reconhecido e conhecido porque era bom. Eu fui interno dele, na fase de policlínica em que passamos por vários serviços. Acompanhar as visitas dele aos doentes era um hino à Medicina: sentava-se em todas as camas e estava ali o tempo que fosse necessário para esclarecer todas as dúvidas, com uma qualidade ímpar. Não sei dizer se foi ele que me influenciou porque só comecei a pensar em Medicina já no liceu. Primeiro, quis ser polícia sinaleiro, depois pintor, a seguir arquitecto e por último engenheiro electrónico. Foi quando passei para o antigo 5º ano [agora 9º ano], e tive de escolher uma área, que optei pela alínea f, que dava acesso à Medicina. Tinha gostado muito das Ciências Naturais, de cortar bichinhos e ver como eram por dentro, fiquei conquistado. 

Em 1974, depois de ir à tropa, já tinha feito o primeiro ano de internato geral, comecei a trabalhar numa clínica privada. Ali é que a chama se acendeu. Lembro-me de um caso determinante: um homem, de 40 anos, que entrou esquelético, com uma anemia gravíssima, cheio de escaras e comatoso. Começámos a tratá-lo, ao fim de uma semana melhorou, ao fim de um mês sarou. É o que se chama repor a vida a uma pessoa, não é? Isso mexe muito, intervir para prolongar a vida e consegui-lo de forma artificial. Os sete anos que estive nessa clínica foram decisivos. Fui aliciado por essa sensação de restabelecer a vida. É uma coisa espectacular porque envolve um sentimento de autocapacidade e algum poder. Há qualquer coisa de transcendente, que não consigo bem definir. Diria que a sensação mais parecida é talvez um orgasmo. É bom, muito bom. 

A seguir especializei-me e fiz todo o percurso no público até chegar a um cargo de direcção. Trabalhei no mesmo sítio durante 34 anos. Era completamente viciado no trabalho, dava-me muito gozo. Nem pensava em horas extraordinárias, fazia consulta até às 18h quando na altura nem havia essa obrigatoriedade. Mal dava conta da minha vida pessoal mas, apesar disso, acho que fui um pai cuidadoso, que segui de perto os meus três filhos embora não tenha tido um convívio permanente com eles. Isso nunca me apoquentou. Antes de tudo, era médico, tinha as minhas responsabilidades profissionais. O poder de decidir o que nos acontece 
Neste aspecto, era parecido com o meu pai: uma pessoa cuidadosa, com uma visão holística dos doentes. Não fazia consultas de 10 minutos, tipo caixa de previdência. A certa altura implementaram aos médicos as consultas de 15 minutos, 30 para uma primeira consulta. Recusei-me logo a fazê-lo. Para ver um doente pela primeira vez demoro uma hora; numa segunda consulta, o mínimo dos mínimos são 30 minutos. Na minha perspectiva é preciso dar lugar ao doente para se expandir, mesmo que não seja para falar da doença. Quando vou ao médico, é importante a forma como sou abordado, a abertura que aquele profissional me dá, o olhar, o interesse que tem por aquilo que estou a explicar. São aspectos essenciais, além da ciência. 

Não acredito em Deus, sou completamente ateu. Creio que quando morremos, acaba tudo, somos matéria tal como os cães, os gatos, os cavalos e tudo o que é vivo. Mas a minha família, à excepção do meu pai, era extremamente católica. Por isso, andei numa escola religiosa. Todas as manhãs, antes de irmos para as aulas, cantávamos a Nossa Senhora. À hora de sair, reuníamo-nos novamente e era a mesma cantiga. Aquilo obviamente entrava na cabeça das crianças. Por volta dos 14 anos, deu-se-me a volta. Comecei a ler sobre a teoria do Big Bang, [Jean-Paul] Sartre e o manual de Filosofia do liceu. A argumentação do meu professor de Religião e Moral também me parecia completamente idiota. Foi um escândalo quando deixei de ir à missa. A minha convicção é que temos o poder de decidir aquilo que nos acontece, desde que não interfira com a liberdade ou com os direitos dos outros. Daí a posição sobre a morte assistida: de quem é a minha vida? Se eu não acredito em Deus, porque é que ele ou o Estado hão-de mandar em mim? 

A morte também nunca me inquietou. Estava no sexto ano do liceu quando assisti à morte da minha avó materna. Ela já estava muito velhinha, acamou, esteve assim dois ou três dias e depois morreu. Lembro-me perfeitamente de ter visto os olhos dela revirarem. Marcou-me porque nunca tinha visto. O meu pai, a minha mãe e os meus avós morreram todos em casa. Será que as pessoas têm medo da morte ou medo de morrer? Penso que algumas, tal como eu, apenas de morrer. Há mortes horrorosas... Ao fim de alguns anos a trabalhar na especialidade, a ver doentes sujeitos a mortes desnecessariamente sofridas, pus-me a pensar no sentido da vida. 

Estávamos no fim dos anos 70, início dos 80. Na Holanda e na Bélgica [onde a eutanásia e o suicídio assistido estão despenalizados desde 2002], ainda a discussão sobre a morte assistida estava no plano teórico. Em Portugal só se falava do assunto em meios muito restritos. Eu sempre tive uma veia de revolucionário, é uma questão de consciência: acho que a morte assistida é um direito que nos assiste. Considero também que é uma cobardia fugir à eutanásia e obrigar as pessoas a recorrerem ao suicídio. 

Conceptualmente, percebo que a pessoa prefira que alguém a mate sem sofrimento do que ser ela própria a fazê-lo. Por isso, acho que a eutanásia devia fazer parte dos deveres do médico, obviamente só para casos em que seja justificado, e salvaguardando o direito à objecção de consciência. Dirão os detractores que isso vai contra o juramento de Hipócrates, mas o mesmo código também diz que se deve aliviar o sofrimento do doente. Ora se uma pessoa me diz que já não pode mais, e que a única maneira de lhe aliviar o sofrimento é morrer, eu como médico é que decido? 

Abreviar o sofrimento de um amigo 
Há cerca de 10 anos, pratiquei novamente a eutanásia a um dos meus melhores amigos, daqueles que são manos, carne com carne. O Miguel também era médico, amigo do liceu, um gajo bonito e inteligentíssimo que gostava de ter a casa cheia de convidados. Estava numa situação desesperada: farto de viver com dores, sem uma perna, praticamente todo paralisado, com internamentos sucessivos com infecções respiratórias. Precisava de ajuda para tudo: para se deitar, levantar, ir à casa de banho, comer. Custava-me vê-lo assim, bolas, se custava… Aos 40 anos foi-lhe diagnosticada esclerose múltipla. Desde o aparecimento dos sintomas até à sua morte passaram uns 18 anos Na fase final, a degradação física foi-se tornando mais rápida. Não me pediu logo a mim para o matar, andou à procura entre outros amigos médicos, mas ninguém quis ajudá-lo. "Tens de ser tu", disse-me a certa altura. Já estava à espera, mas gostava que não tivesse sido assim. Antes de ficar doente, já era um defensor da despenalização da morte assistida. E mesmo na pior fase da sua vida reiterava o seu pedido de forma muito consciente. Era o único que sabia o que verdadeiramente tinha acontecido com a Marta. Num domingo à noite, o único dia em que o seu empregado não estava, fui ter a casa dele acompanhado por outro amigo em comum, que o Miguel fez questão que estivesse presente. A sua mulher também assistiu. Nestas alturas, curiosamente, uma pessoa tem uma presença de espírito que lhe dá para fazer as coisas mais disparatadas. Antes de o picar, disse-lhe: "Queres que desinfecte?" Como se isso fosse importante naquela situação. 

Porém, quando chegou a hora, não consegui apanhar-lhe a veia. A mão tremia-me tanto… não tinha acontecido da primeira vez. Mas esta amizade era mais forte. Fiz várias tentativas e nada. Senti-me terrível. Pedi-lhe desculpa pelo falhanço e acabámos por combinar outro dia, duas ou três semanas mais tarde, para tentar novamente. Confesso que nesse intervalo pensei muitas vezes em desistir… Mas não o fiz. Da segunda vez pensámos numa alternativa: se não conseguisse picar-lhe a veia, ele tomaria duas caixas de um medicamento para o coração, extremamente tóxico quando tomado em grandes doses. Seria uma tentativa de suicídio, e não de eutanásia. Correu tudo mal: nem eu consegui, nem a dose de comprimidos, supostamente mortal, fez efeito. 

O Miguel adormeceu mas, ao fim de 30 minutos, o electrocardiograma ainda não revelava qualquer anomalia. Em vez de o coração parar, ele acordou. Sentia-se tão mal que o tivemos de levar para o hospital. Em casa só poderia sofrer mais. Disse aos médicos que o assistiram que ele tinha tomado uma série de comprimidos, não sabia quantos, e que lhe tinha dado cloreto de potássio – uma forma de combater o efeito tóxico do outro medicamento. Salvei-lhe a vida, ao contrário do que era suposto. No hospital fizeram-lhe uma lavagem ao estômago e ficou internado. Por estar tão frágil fisicamente, acabou por desenvolver uma pneumonia grave e ficou hospitalizado mais de três meses. 

O tempo de internamento só veio reforçar as suas convicções. Viver fazia-lhe cada vez menos sentido e não conseguiria dar termo à vida sozinho. Quando teve alta, pediu-me novamente para o ajudar a morrer. Nesse domingo, lembro-me que foi no dia do almoço de Natal das clínicas onde trabalhava, assegurámo-nos de que correria tudo bem: conseguimos que um colega de confiança lhe picasse a veia e metesse uma cânula. Eu fiz o resto. Antes de começar, conversámos sobre futebol, dissemos algumas piadas do género "vemo-nos numa próxima!" e, por fim, disse-lhe que iria sentir muito a falta dele. Diria que, por um lado, foi mais violento aquele processo de tentativas e falhanços mas, por outro, quando acabou, foi um alívio. Finalmente tinha sido como ele queria. Como é para um médico ter cancro? É tão difícil para nós como para outra pessoa. Embora nós andemos mais à frente, sabemos o que vai acontecer, não acalentamos falsas esperanças. Pedi o prognóstico: "25% ao fim de cinco anos", disse-me o oncologista. "De morte?" Perguntei. "Não, de vida." Já passaram sete anos. Pelos vistos, faço parte desses 25%. Fiz quimioterapia durante três meses, de três em três semanas, e depois radioterapia. Mas continuei sempre a trabalhar. O dia a seguir à quimioterapia era o pior, não conseguia fazer nada por causa das dores. Também me caiu o cabelo e as pestanas, mas até achei que me ficava bem. A radioterapia foi mais difícil: todos os dias, às 8h da manhã, durante 10 minutos. Lixou-me por completo os pulmões. Eu já tinha bronquite crónica, fumo desde os 15 anos. Comecei por 10 cigarros, hoje fumo um maço e meio. Nunca parei, nem mesmo durante os tratamentos, embora tenha feito algumas tentativas honestas… mas não consegui. Como é para um médico ter cancro? É tão difícil para nós como para outra pessoa. Embora nós andemos mais à frente, sabemos o que vai acontecer, não acalentamos falsas esperanças. Pedi o prognóstico: "25% ao fim de cinco anos", disse-me o oncologista. "De morte?" Perguntei. "Não, de vida." Já passaram sete anos. Pelos vistos, faço parte desses 25%. Fiz quimioterapia durante três meses, de três em três semanas, e depois radioterapia. Mas continuei sempre a trabalhar. O dia a seguir à quimioterapia era o pior, não conseguia fazer nada por causa das dores. Também me caiu o cabelo e as pestanas, mas até achei que me ficava bem. A radioterapia foi mais difícil: todos os dias, às 8h da manhã, durante 10 minutos. Lixou-me por completo os pulmões. Eu já tinha bronquite crónica, fumo desde os 15 anos. Comecei por 10 cigarros, hoje fumo um maço e meio. Nunca parei, nem mesmo durante os tratamentos, embora tenha feito algumas tentativas honestas… mas não consegui. Não faço a mínima ideia se o tumor ainda aqui está, nem me adianta saber. A insuficiência respiratória já chega para diminuir a minha expectativa de vida, não preciso do cancro. Uma das coisas que mais me custa é tomar banho, preciso de ajuda sobretudo para limpar os pés e as pernas, e tenho de ficar apoiado no lavatório uns 15 minutos até recuperar o fôlego. Confesso que já nem tomo banho todos os dias, sinto-me incapaz. Depois, a cabeça também já não funciona da mesma maneira, talvez pela falta de oxigénio, faltam-me os termos quando escrevo. Não acredito que sobreviva mais do que um ano. O meu corpo não vai aguentar e eu não sei se aguento o sacrifício de viver. 

Todas as manhãs faço oxigénio e às vezes também ao longo do dia. Pontualmente, tomo um comprimido de cortisona para a falta de ar. A noção de morte a breve prazo não me assusta, nem perco tempo a pensar nisso. Para quê? Depois do Miguel antecipei a morte a mais duas pessoas. A terceira foi uma tia, irmã do meu pai, que morreu com 95 anos. A tia era a pessoa querida da família, se fosse católico diria que era uma santa pessoa, embora fosse malandra e gostasse de coscuvilhices. Ia tendo as suas coisinhas, mas era saudável O sítio onde se deve morrer 
Sempre me expressou a vontade dela: se precisasse, não queria prolongar sofrimentos. Na fase final, teve uma série de problemas seguidos. Nem tive oportunidade de me despedir. Primeiro, foi uma pneumonia forte, depois fez um enfarte do miocárdio e a seguir uma trombose cerebral. Ficou paralisada de um lado e comatosa. O seu estado era irreversível e, com o consenso de toda a família, dei-lhe uma ajudinha com morfina. Diria que, neste caso, o termo antecipar a morte se aplicou mesmo. Morreu em casa, nunca quis ir para o hospital, e penso que é o sítio onde todas as pessoas deveriam morrer… 

A quarta pessoa foi um doente, talvez aquele que vi sofrer mais e tão prolongadamente. Tinha 50 anos e era diabético desde a adolescência. Por causa da doença amputaram-lhe as duas pernas, ao nível da raiz da coxa, perdeu também dois ou três dedos de uma mão e quatro da outra. Era totalmente dependente para os gestos mais elementares, como alimentar-se, vestir-se, lavar-se, satisfazer as necessidades básicas e administrar a insulina, e tinha escaras profundas, sempre infectadas. A diabetes era de tão difícil controlo, que fazia episódios de coma. 

Era difícil ultrapassar a violência daquele estado. Já o seguia há uns meses quando me expressou a vontade de morrer. Poderia fazê-lo sozinho, se suspendesse todos os tratamentos, mas envolveria um sofrimento atroz: mais episódios de coma, náuseas e vómitos, fortes dores de cabeça, contracções musculares, profundo mal-estar generalizado, hemorragias, falta de ar. Morreria, no máximo, em três semanas. Por isso, no mesmo dia em que assinou a alta, ajudei- -o a morrer. Não quis mais nada, a não ser a presença da mulher – acho que as pessoas nestas alturas não querem nada, querem é morrer –, agradeceu-me e eu abreviei o seu sofrimento. Ajudei mais pessoas a viver do que a morrer 
O acto em si nunca se banaliza. Claro que o envolvimento emocional também pesa, mas nunca deixa de ser uma herança pesada. Não há dilema: ter uma pessoa de quem gosto perto de mim a sofrer? Isso é condená-la. Todas as pessoas que me pediram ajuda estavam em profundo sofrimento, sem esperança de vida que valesse a pena viver. Mantê-las vivas, isso sim seria uma maldade horrorosa. Admito: se tivesse tido coragem, teria começado a praticar eutanásia mais cedo. Vi tanto sofrimento inútil… 

Reclamo para mim aquilo que dei a estas pessoas: a possibilidade de escolher. Planeei a minha morte logo a seguir a ser operado. A falta de ar é uma coisa horrível. Sabe aquela sensação de que todo o ar do mundo não chega? De quem se vê embrulhado numa grande onda sem conseguir chegar à superfície? É a total impotência para fazer seja o que for. Disso sim tenho medo. 

Como tenho esta insuficiência respiratória, das duas, uma: ou fico comatoso e agradeço que me dêem morfina para acelerar o processo, e então tenho uma morte santa; ou será com a mesma substância com que pratiquei eutanásia. Tenho um colega, a quem já pedi, que me vai ajudar. 

As despedidas são difíceis, e esta, a definitiva, deve ser complicadíssima. A única coisa que gostava de fazer era dar um beijinho aos meus filhos. Não quero que estejam presentes, mas faço questão que saibam como o pai morreu. De resto fiz tudo, gozei a vida que me fartei, vou de barriguinha cheia. E acho que hoje ainda vale a pena viver. Apesar de ter ajudado estas quatro pessoas a morrer, sei que ajudei muito mais a viver. Muito mais." 

“Nota: todos os nomes usados são fictícios”