segunda-feira, 28 de setembro de 2015

"Tens alguém?", perguntaram-me... e eu dei por mim sem saber bem o que responder...
O que é "ter alguém"? É possuir essa pessoa? No sentido mais invejoso do termo? É "ter" ali ao lado alguém, só porque sim? Um compromisso, ponto. É saber que a temos dentro da nossa esfera de persuasão? Que temos influência nas suas decisões? Sob o nosso domínio? Que se move pelos nossos passos? Tudo isto me soa a gerir uma "coisa", um ser não pensante, não amante, não existente...
"Ter alguém" não será antes ter alguém dentro de nós? Achar que essa pessoa nos completa. Que amamos incondicionalmente. Podermos sentir-nos presos, mesmo que sem uma união? Gostar e acharmos que lhe devemos fidelidade ainda que seja um gostar solitário e unilateral? Esperar não se sabe bem pelo quê?
Para mim "ter alguém" é isto mesmo...
"Ter alguém" é um estado de alma...não um compromisso!
(Rita Leston in - Gosto de ti e então)

imagem:adam martinakis

sábado, 26 de setembro de 2015

A vida, que parece uma linha recta, não é. Construímos a nossa vida só nuns cinco por cento, o resto é feito pelos outros, porque vivemos com os outros e às vezes contra os outros. Mas essa pequena percentagem, esses cinco por cento, é o resultado da sinceridade consigo mesmo.
(José Saramago)


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Sobre o post anterior…

…o meu comentário.

Gosto do humor, muitas vezes até sarcástico, do Ricardo Araújo Pereira. E nesta crónica (post anterior), ainda que humoristicamente, aborda um assunto que há muito me intriga - a validade dos manuais escolares!

Não tenho filhos, e por isso, não passo pelo “sufoco” que os milhares de pais deste país, fazem todos os anos, com a ginástica orçamental que têm de fazer para que os seus filhos cumpram o ensino obrigatório.

Mas passei pela experiência há uns anos atrás, quando o meu afilhado (hoje rapaz com barba) iniciou o seu percurso escolar. Como os pais nessa altura passavam por momentos menos bons (não muito diferente da situação de hoje de muitas famílias) fui eu que adquiri todo o material que a escola pediu para o 1º ano do ensino básico. 

Primeiro fiquei estupefacta, pela quantidade de material exigido pela escola, que até se dava ao luxo de dizer quais as marcas a adquirir! Depois, como os livros que a escola pedia, já estavam esgotados na livraria onde me indicaram para os comprar, tive de recorrer à editora e quando os fui buscar fiquei chocada com o preço que tive de pagar! Desabafei com a pessoa que me atendia que era um absurdo, a quantidade de dinheiro que se gastava com uma criança que ia iniciar o ensino básico (na altura gastei à volta de 160€ em todo o material)!! A resposta que obtive foi: “e tem muita sorte se o seu filho não mudar de escola a meio do ano, porque se isso acontecer, provavelmente vai ter que comprar outros livros”!

Se já estava indignada mais fiquei! 

E, infelizmente, o meu afilhado nesse ano teve mesmo de mudar de escola… e de livros também! 

A irmã que entrou para a escola 4 anos depois nunca pode utilizar os livros do irmão porque já não eram válidos, e foi assim até terminar o secundário!

E vem-me há memória que os meus pais, com 7 filhos, com diferença de idades de 20 anos entre o mais velho e o mais novo, só gastaram dinheiro em livros com o primeiro filho, todos os outros utilizaram esses mesmos livros…e os alunos dessa altura saiam do básico a saber tanto ou mais que os de hoje com o secundário e até mesmo alguns universitários!

Mas isto só acontece neste país! Tenho muitos familiares que vivem em França e muitos em idade escolar. Lá os livros e manuais são fornecidos pelas escolas aos alunos. Livros e manuais, que podem ser novos ou já utilizados. O aluno devolve-os no final do ano, que irão servir para os alunos do ano a seguir. Se por ventura o aluno estragar o livro, aí sim, os pais terão de o pagar à escola, o que acho justo.

Mas Portugal como é um país, não rico, mas riquíssimo, pode dar-se ao luxo de dar às escolas o direito de estas escolherem quais os manuais que querem ter e quando os querem trocar!

Por isso, acredito cada vez mais, que há uma máfia institucionalizada entre escolas, editoras e, obviamente, com a conivência de quem nos governa à semelhança do que se passa  em tantos outros sectores de actividade! 

Mas como se diz muito por aí – temos o que merecemos!









quinta-feira, 24 de setembro de 2015

"Não é um roubo, é uma visita de estudo permanente"

Neste momento, tenho em casa pacotes de leite com um prazo de validade superior ao de certos manuais escolares. Pessoalmente, estou convencido de que os livros duram demasiado. Se eu mandasse, os alunos teriam de comprar um livro novo todos os trimestres. O próprio acto de adquirir o livro constituiria metade do programa de estudos. Dirigindo-se à livraria de três em três meses para adquirir novos manuais actualizados, o estudante tomaria consciência da forma como o conhecimento científico se vai substituindo a si mesmo. Compreenderia a teoria de Thomas Kuhn sobre o modo como as revoluções científicas se sucedem sem nunca ter lido o livro. Eu, que li o livro, não o percebi bem - pelo menos tão bem como entenderia se tivesse de adquirir sucessivamente livros sobre a mesma matéria por causa de pequenas alterações.
Por outro lado, a aquisição constante de livros caros funciona, também, como uma experiência científica. Gastar centenas de euros em manuais todos os anos permite observar o efeito da privação de alimentos no organismo. Em muitas famílias, parte do dinheiro destinado à alimentação vai para os livros; a fome gera subnutrição; o aluno estuda os efeitos da subnutrição no manual de biologia e verifica-os no próprio corpo. Não é um roubo, é uma visita de estudo permanente
(Ricardo Araújo Pereira) aqui





terça-feira, 22 de setembro de 2015

Quando a boca não consegue dizer o que o coração sente,
 o melhor é deixar a boca sentir o que o coração diz.
(William Shakespeare)





segunda-feira, 21 de setembro de 2015

"Um paradoxo? Sem dúvida."

Chegaste sem nada. Partirás sem nada. Entre um momento e outro podes alimentar a ilusão de que tens alguma coisa. Se te lembrares que a posse é temporária e ilusória, tudo bem. Caso contrário, será fonte de medo, tristeza, desilusão e mais uma série de experiências emocionais das quais, tipicamente, dirás que não gostas. Ler este texto, portanto, pode fazer uma diferença enorme na tua vida! Vamos? Vamos!

Numa fase específica do seu crescimento, a criança “entende” a noção de posso: é meu, é teu, é nosso! De quem são estes olhos tão lindos? De quem é este brinquedo? Onde está o teu pai?

É uma aprendizagem altamente intuitiva, é feita de forma relativamente rápida e passa a fazer parte integrante do mapa mundo da criança: ela tem as suas coisas, as suas atividades, as suas responsabilidades, os seus direitos, as suas relações, os seus comportamentos, as suas emoções. Naturalmente, a criança acha-se definida por essas coisas todas – a não ser que a ajudem a fazer a pergunta maior (“mas, afinal, quem sou eu?”)

Conforme cresce, estas noções intensificam-se e tudo com o que a criança sonha é com as posses futuras: os conhecimentos que posso ter, as relações que posso ter, os bens materiais que posso ter, as experiências que posso ter!

E agora, que chegou à idade adulta? Eventualmente, está completamente dominada pela ideia de obter a posse daquilo que não tem e de defender a posse do que tem!

Sofre por não ter dinheiro, por não ter uma boa casa, por não ter “nada” para vestir, por não ter determinados conhecimentos, por não ter confiança ou coragem, por não ter amigos, por não ter ideias, por não ter férias em locais exóticos, por não ter paz e sossego!

Sofre com a ideia de perder um familiar ou namorado, de perder o dinheiro que tem, de perder o emprego, de perder a casa, de perder a paz e a tranquilidade, de perder a memória, de perder a fama ou o sucesso, de perder a identidade!

Percebes o mecanismo? Sofre-se pelo que não se tem e gostaria de ter e sofre-se pelo que se tem e se gostaria de não perder. E tudo assente num extraordinário equívoco!

É que nenhuma – NENHUMA – dessas coisas ou pessoas ou experiências pode, na realidade, ser tida ou possuída. Apenas podem ser vividas, experienciadas, sentidas. E tudo isso acontece num único tempo – AGORA. E, no agora, não existe posse, pois a posse necessita do tempo, não é? Ora pensa lá um pouco sobre isso: sem tempo, não há posse. Só aquilo que é. E aquilo que é não é de ninguém.

Quando alguém percebe o equívoco, liberta-se. Repara que não passa a ter liberdade (isso seria viver novamente o equívoco), passa a ser livre. Livre do sofrimento da busca e da defesa da posse. Livre para sentir a vida tal como ela é. Livre para , de braços abertos esta suprema verdade: com nada nascemos e com nada morremos.

Quer isto dizer que, entre esses dois momentos, nada podemos ter? Bem, nesta aventura humana experienciarás, sem dúvida, a posse aparente de coisas, recursos, relações e conhecimentos. Vive-os sem te apegares e poderás usufruir da posse ilusória sem sofrimento! Um paradoxo? Sem dúvida. Mais um, diria eu. Ou não fosse esta nossa dimensão humana a mais paradoxal das experiências. Talvez por isso seja tão bom vivê-la.
(Pedro Vieira )



segunda-feira, 14 de setembro de 2015

E eu derreto-me, Derreto-me com quase nadas. Com quase nadas que são tudo. Com os nadas do dia que fazem os tudos da vida. Derreto-me com as coisas simples que desfazem um dia complicado.
Derreto-me só porque te olho e tenho de volta um sorriso. Derreto-me quando me olhas com o coração. Derreto-me porque o nosso olhar lê a alma do outro sem ter de ser proferida uma palavra. Derreto-me porque me dás a mão, mesmo sem me tocares. Derreto-me porque me aconchegas sem a mim te chegares. 
Derreto-me contigo. Desabo contigo. Amo contigo.
(Rita Leston in - Gosto de ti e então?)

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Homenagem de hoje...

…vai para a memória de todas as vitimas que há 14 anos perderam as suas vidas, no maior e  mais bem arquitetado atentado, na história da humanidade contra aos seus próprios cidadãos!

Esta homenagem, estende-se também, aos outros milhares e milhares de vitimas que nos últimos 14 anos,  perderam as suas vidas por esse mundo fora, em consequência deste  mesmo atentado, criado, em   nome de uma ideologia, que dá pelo nome de GANÂNCIA!

O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER



segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Porque o assunto do dia...

..continua a ser refugiados!

Leio noticias destas "Os bispos garantiram ao Papa que irão tentar que, em cada paróquia uma família católica de portugueses se disponibilize para acolher refugiados. A revelação foi feita pelo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente, depois da audiência que os bispos tiveram hoje com o Papa Francisco, em Roma, no âmbito da visita ‘ad Limina’. Aqui

Vejo imagens/videos,   pelas redes sociais em que os refugiados são protagonistas de actos de vandalismo...e, principalmente, "cospem  no prato que lhes estão a dar"! (imagens/videos que não passam nos telejornais e vai-se lá saber porquê!)

Por isso, deixo aqui o repto a  todos os portugueses que como estes da imagem abaixo, a quem a esperança de uma vida com dignidade há muito  que se perdeu... porque não pedem eles, também, o "estatuto de refugiado"? 

Talvez assim, o país os trate com a dignidade que merecem! Dignidade  que tanto se apregoa para os refugiados! 





sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A propósito do post anterior...

...   o meu estado d'alma em nada mudou ao ver todos os dias as imagens que nos chegam desta catástrofe humana.

No entanto, hoje ao passar por Aqui  e ler o comentário do autor do blog também me questiono:
Afinal quem financia este fluxo anormal de migrantes à Europa?!
Como é que estas pessoas conseguem pagar 10 000 euros aos traficantes, se vêm de países onde o rendimento anual per capita   anda à volta dos 500€ ?!
Quem é/são esta nova ordem mundial que está por trás disto tudo?!

 












quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Apesar de tudo…

...sou grata ao Universo de me ter encaminhado para este cantinho à beira mar plantado!


Mas a minha alma está dilacerada ao ver estas,  milhares e milhares de pessoas, que todos os dias rumam a uma Europa à procura de VIDA,  apenas e só!



quarta-feira, 2 de setembro de 2015

2019...

... é já daqui a 4 anos e é realmente assustador!
:(

"O terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas."
(Apocalipse 8:10)