sábado, 29 de agosto de 2015

Abraça-me. Quero ouvir o vento que vem da tua pele, e ver o sol nascer do intenso calor dos nossos corpos. Quando me perfumo assim, em ti, nada existe a não ser este relâmpago feliz, esta maçã azul que foi colhida na palidez de todos os caminhos, e que ambos mordemos para provar o sabor que tem a carne incandescente das estrelas. Abraça-me. Veste o meu corpo de ti, para que em ti eu possa buscar o sentido dos sentidos, o sentido da vida. Procura-me com os teus antigos braços de criança, para desamarrar em mim a eternidade, essa soma formidável de todos os momentos livres que a um e a outro pertenceram. Abraça-me. Quero morrer de ti em mim, espantado de amor. Dá-me a beber, antes, a água dos teus beijos, para que possa levá-la comigo e oferecê-la aos astros pequeninos. 
Só essa água fará reconhecer o mais profundo, o mais intenso amor do universo, e eu quero que dela fiquem a saber até as estrelas mais antigas e brilhantes. 
Abraça-me. Uma vez só. Uma vez mais. 
Uma vez que nem sei se tu existes. 
(Joaquim Pessoa, in -Ano Comum)


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

BeijoMolhado...

...chegou às  20000 visitas!

Obrigada e um enorme



a todos por visitarem este cantinho :)

quarta-feira, 26 de agosto de 2015


Há dias em que as saudades se desarrumam sozinhas. Como que se ganhassem vida própria e quisessem ir ter contigo, não me pedindo sequer autorização. Dias em que as saudades me calam a mim e falam directamente contigo.
Há dias em que as saudades entram em alvoroço.Travam batalhas contra a sanidade. Revolvem as horas dos dias e entram pelas horas da noite. Abrem a porta e deixam-te ficar.
Há dias em que as saudades te convidam a entrar. Servem-te um café e fazem-te sentar ao meu lado. Oferecem-te protecção do frio lá fora e convidam-te para passar a noite.
Há dias. De saudades.
Entra. A porta está aberta.
(Rita Leston in-Gosto de ti e então)



terça-feira, 25 de agosto de 2015

Um agrado...


...para as mais de 800 visitas, vindas do Leste Europeu, que nas ultimas 3 semanas visitaram este cantinho!

З Португалії в Україну
мокрий поцілунок


sábado, 22 de agosto de 2015

Inventei uma máquina de trazer o amanhã
feita com bocadinhos de ontem.
Com ela, e com as imagens de ti que ela reproduz,
a saudade já não dói tanto,
porque o peito que se encosta no teu julga pular no tempo
e desfazer-se do espaço. Funciona assim.
Com os bocadinhos de ontem,
julgo ter o amanhã antecipado, ter-te dorso no dorso,
e ter o teu perfume de abraço de chegada
(igual ao perfume de abraço de partida)
agora mesmo, e aqui, para respirar fundo.
Não estou ainda contigo mas, para já,
serve para enganar a fome que os meus olhos têm dos teus.
(Sérgio Lizardo)


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Drone 112

Sem duvida uma boa invenção que poderá salvar muitas vidas!
Era bom que o INEM providenciasse a aquisição de alguns destes drones, principalmente para dar uma resposta mais rápida, aos pedidos de socorro no interior do país, onde em muitos locais o serviço de urgência mais próximo está a mais de 50 km!


Drone 112 from BeijoMolhado on Vimeo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A cada manhã, exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.
(Martha Medeiros)

domingo, 16 de agosto de 2015

Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa.
(Fernando Pessoa in – Livro do Desassossego)

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Só espero que os chineses...

...não demorem muito a fabricá-los e a enviá-los para cá :)

É que o inverno daqui a nada está aí  e se há algo que me deixa completamente fora de mim, é ter de entrar dentro do carro quando está a chover a potes e fechar o guarda-chuva, molhar-me e molhar o interior do carro!!

Finalmente alguém descobriu   que o guarda-chuva foi concebido de forma errada e assim permaneceu durante os últimos 3000 mil anos!!



O novo guarda-chuva from BeijoMolhado on Vimeo.
fonte

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Quase 600 anos depois…

… nada mudou...e pelos vistos nunca mudará!!!

"Carta enviada de Bruges, pelo Infante D. Pedro a D. Duarte, em 1426
Resumo feito por Robert Ricard e constante do seu estudo «L’Infant D. Pedro de Portugal et “O Livro da Virtuosa Bemfeitoria”», in Bulletin des Études Portugais, do Institut Français au Portugal, 
Nova série, tomo XVII, 1953, pp.10-11)"

« O governo do Estado deve basear-se nas quatro virtudes cardeais e, sob esse ponto de vista, a situação de Portugal não é satisfatória.
A força reside em parte na população; é pois preciso evitar o despovoamento, diminuindo os tributos que pesam sobre o povo.
Impõem-se medidas que travem a diminuição do número de cavalos e de armas.
É preciso assegurar um salário fixo e decente aos coudéis, a fim de se evitarem os abusos que eles cometem para assegurar a sua subsistência.
É necessário igualmente diminuir o número de dias de trabalho gratuito que o povo tem de assegurar, e agir de tal forma que o reino se abasteça suficientemente de víveres e de armas; uma viagem de inspeção, atenta a estes aspetos, deveria na realidade fazer-se de dois em dois anos.
A justiça só parece reinar em Portugal no coração do Rei [D. João I] e de D. Duarte; e dá ideia que de lá não sai, porque se assim não fosse aqueles que têm por encargo administrá-la comportar-se-iam mais honestamente. A justiça deve dar a cada qual aquilo que lhe é devido, e dar-lho sem delonga. É principalmente deste último ponto de vista que as coisas deixam a desejar: o grande mal está na lentidão da justiça. Quanto à temperança, devemos confiar sobretudo na ação do clero, mas ele [o Infante D. Pedro] tem a impressão de que a situação em Portugal é melhor do que a dos países estrangeiros que visitou.
Enfim, um dos erros que lesam a prudência é o número exagerado das pessoas que fazem parte da casa do Rei e da dos príncipes. De onde decorrem as despesas exageradas que recaem sobre o povo, sob a forma de impostos e de requisições de animais. Acresce que toda a gente ambiciona viver na Corte, sem outra forma de ofício.»

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A alma sensível é como harpa que ressoa com um simples sopro.
(ludwing van beethoven)